


São os encontros,
é o encontro e seu espaço mágico,
que permite à performance delatar o desejo que a constitui,
que configura as vias comunicantes
de sua amorosa superfície nova.
Como representação,
como re-afirmação do desejo sobre o desejado,
no espaço iluminado pelo desejo,
situa-se o artifício do simulacro e seus desdobramentos,
na performance, sob o vaticínio da coincidência, ou do acaso.
Acaso. Conjunto de pequenas causas independentes entre si, que se prendem a leis ignoradas ou mal conhecidas e que determinam um acontecimento qualquer. Acontecimento fortuito, fato imprevisto, casualidade, destino, fado, sorte, fortuna. casualmente, acidentalmente, por acaso. O acaso existe?
O acidental só interessa quando faz parte de uma coincidência, de uma coincidência que estabelece uma dinâmica,
reveladora de um outro sentido
que o conteúdo manifesto e restrito do acidente em si.
As linhas entre premeditação e espontaneidade são borradas pelo acaso/"hasard"
por esse FALAR, pela FALA, por essa expressão
que o desejo impõe como determinante e norteadora,
como iluminação decisiva em sua comoção (livre de qualquer a priori de razões, morais ou de gostos)
de nossas faculdades de imaginar e desdobrar os nossos sentidos.
Do desbobrar dos sentidos chegamos à unidade rítmica.
Esse livre fluir de pensamento, ou fluxo automático gerado pelo impulso, impulso que nasce em nós, no outro,no concreto, na realidade da rua VIVA, repleta de contradições, VIVA de seres desejantes, atentos, mórbidos passantes, pensantes, impulsos genuínos que nos levam ao acaso.
Pela esponteneidade, extra-lúcida, pelo insolente relacionamento estabelecido em certas condições, entre essa coisa e aquela, relacionamento esse que o senso comum se recusaria a propor face a face. A chance do acaso são convidados a provocar uma realidade outra, a qual passa a se estabelecer como fonte e lugar da sensibilidade, livre do pensamento racional e da lógica conceitual.
Livre adaptação do texto de Sergio Lima por Mariana Vilela
Essa menina é muuuito doida
ResponderExcluirCompletamente tantã da batatinha.
ResponderExcluirE deslumbrantemente entregue no primeiro momento exposto na postagem
Leo, em verdade sei que a nossa insanidade e nosso bem maior. Somos todos loucos!!
ResponderExcluirSol,
ResponderExcluirsua fragilidade é sua verdade.
Te senti presente só pela imagem.
Um grande beijo,
Flávia.
Tá doida! Eu não sou doido não!
ResponderExcluirSou um gênio perfeitamente são.
Doido é quem fica pelado na rua.
Sol estou com o seu olhar gravado até agora em minha memória!Como estava VIVA!
ResponderExcluirbjos
O estado vivo só foi gerado após incessantes provocações e foi palpável o momento da mudança. Nós, que ainda estamos passivos no mundo, precisamos estar em constante estado de atividade contra nossa própria passividade para quebrarmos com ela e não precisarmos mais dessas provocações para entrarmos no "estado vivo".
ResponderExcluirÉ pensar e falar, falar e realizar e realizar é estar vivo. Precisamos então pensar e estarmos vivos ao mesmo instante a todo tempo. Levar isso para a prática da vida. Pensou, agiu - sem hiatos, estar em constante estado de embriaguez fortalecedora de nossos impulsos mai primitivos, de fazer ponta no lápis com os dentes a todo segundo, sem frenesi, entregue, pleno e ser quem somos. Quem somos?
...como um carvão nos lábios
ResponderExcluire o homem tem de ir voar
enquanto cai, tem de alcançar
e vai...