Muitas vezes o outro pode nos entregar de volta a nós mesmos.
Num caminho de coletivo há que se ter sensibilidade e flexibilidade o suficiente para mover atitudes que porventura se tornem enrijecidas e abertura criativa para se recolocar no caminho de novas maneiras, sempre.
Aqueles que compõem o Coletivo Ambulante tiveram muita ousadia para chegar até aqui, este 8 de setembro de 2010.
Agora é necessário mais ousadia, mais coragem e mais vontade ainda para seguir.
Simplesmente porque um ciclo está se fechando. E outro ciclo quer começar.
E começos podem ser às vezes bem difíceis.
Michel Ende disse sobre o começo, através de um de seus personagens do livro "O Espelho no Espelho - Um Labirinto", assim:
"Um começo é sempre uma coisa absolutamente sem sentido. Por quê? Porque ele não existe! Será que a natureza teve um começo? Não! Portanto, começar é contra a natureza."
O Coletivo tem diante de si novos territórios a serem explorados, inexistentes, ou desconhecidos.
Se o invisível fez cegar um pouco o visível, há que se fazer ajustes.
Se a filosofia e o pensamento abstrato prejudicaram ações concretas e vivas, há que se fazer ajustes.
Enquanto houver homens se reunindo por alguma causa, haverá sempre ajustes a serem feitos.
Afinal, a mudança é a única constante.
Eu quero, de novo, começar.
Obrigada a todos que atravessam e de alguma forma se colocaram no caminho deste coletivo. E obrigada aos que compõem o Coletivo Ambulante, por um dia terem me convidado a participar dele.
Eu quero, de novo, começar.
Flávia
(dedico estas "anotações" a Joana Mattei, amiga de alma, que no dia de hoje ajudou meu corpo a ser EXPANSÃO, obrigada Jo querida)
Flávia,
ResponderExcluirVocê já era uma AMBULANTE sem antes estar no COLETIVO, assim como a Elza, a Sol, a Cris, a Cibele, o Leo, a Bruna, o Ívan, o Anderson, a Cida, a Fabíola, eu e tantos outros que ainda estão por vir.
Queridos do Coletivo
ResponderExcluirDe vocês só conheço a Flá... entretando perambulo pelos vossos desejos através dela. Hoje estava lendo a introdução de um livro da Pina Bausch e resolvi transpor umas palavras que a mim cheiram a coletivo.
" Esta é uma história que fala de cada um de nós e do profundo desejo de reinventar as relações humanas, desenhando sucessivos esboços, na crença na possibilidade de vivermos juntos. O coração desta história é o encontro entre as pessoas. O elogio da diferença. Mas um encontro fundado na relação de intimidade e na declaração de amor. Não se chega lá sem empenho, profundo desejo e esforço. Temos de atravessar toda a experiência do viver. O abandono a morte a solidão. Mas é possível".
Um grande beijo da amiga Joana