quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Fala por metáforas...

Me disseram que escrevo difícil, por metáforas.
Sob o meu ponto de vista não acho que escrevo difícil, por metáforas sim. A metáfora é um recurso de linguagem que permite ao escritor traduzir a realidade para uma forma mais poética. A metáfora permite o leitor fazer sua própria leitura, ou seja, o uso da metáfora possibilita uma linguagem aberta, cheia de lacunas para serem preenchidas.
Assim são as Ações do Coletivo Ambulante: METÁFORAS, ações cotidianas deslocadas de seu contexto (re)colocadas em outro espaço-tempo, que assumem um caráter artístico diante do espectador-atuante.

Me disseram que fui pessimista ao escrever sobre a última Ação do Coletivo dia 13 de novembro, escrevi que fracassamos. Não me entendam mal, caros leitores e espectadores, não sou pessimista, pelo contrário, sou muito otimista. Sou tão otimista que permito-me falar que fracassamos, pois não atribuo um valor negativo a essa palavra. Digo que fracassamos porque esse era um dos nossos objetivos. Buscamos a Falha enquanto o lugar do imaginário, o espaço-tempo das possibilidades.

Dia 13 de novembro no Galpão Sumaré, os quatro Ambulantes chegaram ao êxtase e possibilitaram que espectadores-atuantes, abertos para o sutil, fossem invadidos também pelo êxtase. O êxtase de uma experiência quase espiritual.

Um comentário:

  1. Há diferentes formas de dizer do mundo, e cada uma é extremamente importante exatamente pela singularidade que evoca.

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