sexta-feira, 5 de março de 2010

A procura de um corpo


Lânguidas lágrimas luminosas
Escorreram pelas faces matizadas.
Tênues, penetraram nas fissuras das tensões: Ocas.

Na água batizante
Renovaram-se os votos velados.
No silêncio da palma de sua mão, escutei-nos.

Pelo rufar das gotas no balde me entreguei,
Desmanchei longas madeixas com intenção da procura...

O que encontrei?

O fio da vida conduzido por lâminas cortantes do mais frágil papel,
Branco maculado, de fezes.

2 comentários:

  1. Em busca de um CORPO repleto de poesia, em que o lirismo é o que esta de mais intrínseco.
    Belo demais!

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  2. Esse papel não poderia ter ficado tão perfeito se não fosse pela espontaneidade da construção.

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