quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fragmentos

"Minha `realização´ só é completada quando há também uma `realização´ do próximo, digo isso no sentido de que no momento que faço parte da perna do léo, por exemplo, sou ele em todos os sentidos, e assim foi o meu sentimento durante toda a virada. A verdade é que não me senti parte, ME TRANSFORMEI PARTE DESTAS PARTES QUE SOMOS TODOS NÓS do Coletivo..."

"ESPIAMOS por entre os olhares que nos espiavam naquele momento único.... Impossivel definir com clareza exatamente o estado dentro de nós durante o processo, porque acho as vezes que ainda falta palavras no dicionário para certos tipos de sensações,  mas posso sugerir que ele começou a partir do acordo de não mentir, de jogar de acordo com as "peças" que temos... Confesso que joguei as minhas sem saber das regras dos outros, porque acreditava que no lugar das regras havia  um único elemento-chave chamado CONFIANÇA."

"Quero saber me expressar em mínimo espaço, quero simplesmente ter todo o direito de dizer, e digo, que nosso momento, não foi somente nosso, mas sim de todos que assistiram e nos acompanharam e sentiram que estávamos ali por uma razão muito maior do que um corpo, uma voz e uma atitude, e que crítica nenhuma podem nos tirar do eixo nesse momento.  Quem não encontrou razão nenhuma em nosso trabalho é porque não está preparado, não vê com clareza os próprios sentimentos ou nega a existência deles."

(Anotações da Cris Abreu depois da apresentação da Virada Cultural)

2 comentários:

  1. Lindas palavras Cris. Também tive a sensação de fazer parte de um único corpo. O corpo do COLETIVO AMBULANTE, que perambula pelas ruas retas da cidade e tortas do inconsciente. Os retornos que tive foram positivos no sentido de que realmente nós tocamos aquelas pessoas. Algo nelas foi mexido e é isso que importa.

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  2. Exato!
    eramos simplesmente a extensão do outro.

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