Sopra o vento de outono.
Estamos vivos, podemos olhar-nos.
Você e eu.
O desafio era sermos breves, pela brevidade, absurdamente sintética, possibilitar a revelação. A revelação de algo que está encoberto pela visibilidade do evento. Ver o que normalmente não se vê no dia-a-dia do cotidiano. Colocar no outro a possibilidade da descoberta de mim mesma.
Mas, a princípio...
FRACASSAMOS.
Todavía, o fracasso não se deu totalmente porque três mulheres, incrivelmente MULHERES, salvaram os Aambulantes do naufrágio.
Por elas e só por elas os Ambulantes tornaram-se ébrios incrédulos do fracasso.
Uma tinha a boca cor de laranja, cabelos negros cacheados e um olhar Ambulante de quem peregrina por outros paises. Esta se entregou totalmente ao deleite daquele espaço-tempo possibilitado pelos Ambulantes em regresso. Teve seu corpo impresso no chão e saciou-se sua fome de vida sentando-se à mesa com os outros Ambulantes.
A segunda apenas observava,estava fora, mas incrivelmente dentro de NÓS. Tinha sua pele contrastada com o banco branco. Recebeu carinhos, afagos, sussurros e doou seu colo, sua atenção, seu Amor...
A terceira surgiu como por encanto no momento decisivo da saída. Em silêncio trocou olhares, em silêncio trocou um abraço, em silêncio permitiu-se entrar no desconhecido, em silêncio permaneceu em silêncio até o destino: A PIZZA.
De fracasso em fracasso o Coletivo Ambulante segue viagem construindo a sua Teoria da Falha.
A falha, o fracasso também possibilita descobertas, descobertas estas em sua potência máxima.
ResponderExcluirA revelação ficou no silêncio.
ResponderExcluirEle é revelador...
Quem rasgou o absoluto?
ResponderExcluirNa hora da pizza, a pergunta crua entre os ambulantes:
e aí, rasgou?
não,
acho que não,
não.
Mas para a mulher com boca cor de laranja,
você rasgou?
Ela: O que é rasgar?
Em breves palavras lhe disse: destruir um hábito, ir para o desconhecido.
Ela: Então eu rasguei.