Peguei o ônibus e, sentada pensamentos tomaram minha mente e corpo.
Ao abrir a janela, o vento soprou em meus ouvidos:
_Desejo!
Senti o desejo desconhecido de um paladar de fruta nunca mordida.
Desejo encarnado!
O saculejar...
balanço meu corpo em intensos movimentos de contração e expansão (visíveis e invisíveis).
As
curvas
da vida.
curvas
da vida.
Não sou tempo. Sou existência. Sou quando.
Quando chuva,
quando tempo,
quando curva,
quando vento.
Quando...
quando...
quando...
O advérbio de minha existência.
O vento...
numa conversa íntima.
Olho pela janela, vejo minha própria travessia num passeio pela vida.
Basta o sussurro do vento do verão,
abra a janela,
e deixe-o conversar baixinho aos ouvidos.
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